segunda-feira, 28 de maio de 2012

Regencia verbal

A sintaxe de regência é a relação sintática de dependência que se estabelece entre o verbo - termo regente - e o seu complemento - termo regido - com a presença ou não de preposição.
Os termos, quando exigem a presença de outro chamam-se regentes ou subordinantes; os que completam a significação dos anteriores chamam-se regidos ou subordinados.
Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), ocorre a regência nominal. Quando o termo regente é um verbo, ocorre a regência verbal.
Na regência verbal, o termo regido pode ser ou não preposicionado. Na regência nominal, ele é obrigatoriamente proposicionado.
1- Chegar/ ir – deve ser introduzido pela preposição a e não pela preposição em. Ex.: Vou ao dentista./ Cheguei a Belo Horizonte.
2- Morar/ residir – normalmente vêm introduzidos pela preposição em. Ex.: Ele mora em São Paulo./ Maria reside em Santa Catarina.
3- Namorar – não se usa com preposição. Ex.: Joana namora Antônio.
4- Obedecer/desobedecer – exigem a preposição a. Ex.: As crianças obedecem aos pais./ O aluno desobedeceu ao professor.
5-Simpatizar/ antipatizar – exigem a preposição com. Ex.: Simpatizo com Lúcio./ Antipatizo com meu professor de História.

 Verbos

Na regência verbal os verbos podem ser:
Transitivos diretos, transitivos indiretos e intransitivos.
  • Aspirar
quando tem o sentido de sorver, tragar, inspirar, é transitivo direto e exige complemento sem o uso de preposição.
  • Ele aspirou toda a poeira.
  • Todos nós aspiramos essa poeira.
Quando tem o sentido de pretender, desejar, almejar, é transitivo indireto e necessita do uso da preposição (A).
  • Exemplos:
  • O jogador aspirava a uma falta.
  • O candidato a deputado aspirava a ser eleito.
  • Eu aspirava àquele carro.
Obs.:Quando o verbo aspirar for transitivo indireto, não se admite a substituição da preposição (A) por lhe ou lhes. Dever-se-á usar em seu lugar (a ele, a eles, a ela ou a elas).
Obs².:Quando o verbo aspirar vier acompanhado por (àquele ou àquela), o à craseado terá função de preposição, transformando assim o verbo em Transitivo Direto.
  • Namorar
O verbo namorar é transitivo direto e não necessita do uso de preposição.
  • Exemplo:
  • Antonio namora Marcella. (em vez de: Antonio namora com Marcella.)
  • Obedecer
Obedecer é um verbo transitivo indireto e necessita do uso da preposição (A).
Obs:Mesmo sendo verbo transitivo indireto, ele pode ser usado na voz passiva.
-A fila não foi obedecida.
  • Ver
O verbo ver é transitivo direto, por isso não necessita de preposição.
  • Exemplo:
  • Ele veria muitos filmes em cartazes.
  • Chamar
Esse verbo pode ser transitivo direto quando significa convocar, fazer vir, e não necessita de preposição.
  • Exemplo:
  • Ela chamou minha atenção.
E pode ser transitivo indireto quando tem o significado de invocar e deve ser usado com a preposição por.
-Ele chamava por seus poderes.
Com o sentido de apelidar ele pode ou não necessitar de preposição, podendo ser tanto transitivo direto como indireto.
  • Assistir
O verbo em questão pode ser transitivo direto ou transitivo indireto. Quando tem sentido de ver, é verbo transitivo indireto Exemplo: Eu assisti ao jogo. Eles assistiram ao filme.
Quando tem sentido de morar, residir, também é verbo transitivo indireto. Exemplo: Eu assisto em São Paulo Eu assisto na Bahia.
Quando tem sentido de ajudar, é verbo transitivo direto. Exemplo: O médico assistiu o doente.
  • Suceder
O verbo pode ser Transitivo Indireto no sentido de substiruir; vir depois Exemplo: Os atuais supermercados sucederam aos antigos armazéns.
Pode ser Intransitivo no sentido de Ocorrer Exemplo: Uma catástrofe sucedeu no México.
  • Ensinar
É verbo intransitivo no sentido de educar. Exemplo: A vida ensina mal.
É verbo transitivo direto no sentido de castigar,adestrar, educar; Exemplo: A experiência ensina os professores.
É verbo transitivo direto e indireto, admitindo objeto direto de coisa e indireto de pessoa Exemplo: Os professores ensinam os alunos a estudar.

Regemcia nominal

A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no Norte de Portugal. A parte sul do Reino da Galiza se tornou independente, passando a se chamar Condado Portucalense em 1095 (um reino a partir de 1139). Enquanto a Galícia diminuiu, Portugal independente se expandiu para o sul (Conquista de Lisboa, 1147) e difundiu o idioma, com a Reconquista, para o sul de Portugal e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo.[4] O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas[5].
É uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com cerca de 272,9 milhões de falantes, o português é a quinta língua mais falada no mundo, a terceira mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul da Terra.[1]
Durante a Era dos Descobrimentos, marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português. Entretanto, o idioma é também largamente utilizado como língua franca nas antigas colônias portuguesas de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial,[6][7][8] Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, todas na África.[9] Além disso, por razões históricas, falantes do português são encontrados também em Macau, no Timor-Leste e em Goa.[10]
O português é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas) e "a última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac[11]). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".[12]
Em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, um museu interativo sobre o idioma, foi fundado em São Paulo, Brasil, a cidade com o maior número de falantes do português em todo o mundo.[13]